O VAGÃO
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Vagão
inicialmente era um clube que pertencia à Ednaldo Ferreira de Moraes (Macaco) e
Juracy Trezena Ferreira (Caia) e se situava na praia de Candeias, numa área de
mil e trezentos metros quadrados, onde foram instalados dois vagões de trem da
antiga Rede Ferroviária do Nordeste. Necessitando de uma grande reforma,
entraram como sócios: Antônio Carlos Cavalcanti de Araújo (Tonhão, Amassa Barro),
Paulo Pinto de Campos (Rubro) e Cristiano Santos Santana (Cris-Tudo), que
ajudados pela amiga Clara Blancke, estudante de arquitetura, modernizaram os
dois vagões com banheiros masculino e feminino (separados); a piscina e os
jardins colocando ainda churrasqueira e um quiosque.
A entrada dos novos
sócios se deu ocasionalmente numa noite de sexta-feira no restaurante Cote D’
Azur, enquanto toda a turma reunida bebericava, verdadeiramente alheia à grande
enchente que assolava a zona norte do Recife, nos inspiramos num grito de
guerra:
“Nem macaco sobe, nem
guariba desce,
Corre o porco atrás
da ema
Cerca a moita que o
guaxi tá debaixo,
Abra o guarda-chuva
que a chuva é de pedra
Levanta o copo que já
vem a cheia,
Mamoeiro não dá
laranja
Dê água ao peixe, que
o peixe está com sede
Segura pau véio!”
Neste dia ímpar, se
encontravam: Macaco, Caia, Tonhão, Cris-Tudo, Paulo Rubro, Rui “Mais Uma”,
Marcos Carvalho, Cláudio Carneiro Filho e Flávio Vieira de Melo.
O Vagão realizou
festas carnavalescas, serenatas em noites de lua cheia, aniversários, projeções
cinematográficas e encontros dominicais em torno da churrasqueira, durando
quase cinco anos.
Se faz mister dizer
que o projeto de reforma realizado pela nossa amiga Clara Blancke, foi muito
elogiado por todos aqueles que freqüentavam o nosso Vagão.
Embora a freqüência
no clube na maioria das vezes fosse de amigos, familiares e convidados dos
familiares, em algumas ocasiões o clube serviu para festas de “Despedida de
Solteiro”, que terminavam numa verdadeira “gréia” geral.
Tal clube serviu como
entretenimento durante muitos anos, só perdendo a movimentação festiva, à
medida que os seus sócios foram se casando.
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