terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Capitulo 8



O VAGÃO



O
 Vagão inicialmente era um clube que pertencia à Ednaldo Ferreira de Moraes (Macaco) e Juracy Trezena Ferreira (Caia) e se situava na praia de Candeias, numa área de mil e trezentos metros quadrados, onde foram instalados dois vagões de trem da antiga Rede Ferroviária do Nordeste. Necessitando de uma grande reforma, entraram como sócios: Antônio Carlos Cavalcanti de Araújo (Tonhão, Amassa Barro), Paulo Pinto de Campos (Rubro) e Cristiano Santos Santana (Cris-Tudo), que ajudados pela amiga Clara Blancke, estudante de arquitetura, modernizaram os dois vagões com banheiros masculino e feminino (separados); a piscina e os jardins colocando ainda churrasqueira e um quiosque.
A entrada dos novos sócios se deu ocasionalmente numa noite de sexta-feira no restaurante Cote D’ Azur, enquanto toda a turma reunida bebericava, verdadeiramente alheia à grande enchente que assolava a zona norte do Recife, nos inspiramos num grito de guerra:

“Nem macaco sobe, nem guariba desce,
Corre o porco atrás da ema
Cerca a moita que o guaxi tá debaixo,
Abra o guarda-chuva que a chuva é de pedra
Levanta o copo que já vem a cheia,
Mamoeiro não dá laranja
Dê água ao peixe, que o peixe está com sede
Segura pau véio!”

Neste dia ímpar, se encontravam: Macaco, Caia, Tonhão, Cris-Tudo, Paulo Rubro, Rui “Mais Uma”, Marcos Carvalho, Cláudio Carneiro Filho e Flávio Vieira de Melo.
O Vagão realizou festas carnavalescas, serenatas em noites de lua cheia, aniversários, projeções cinematográficas e encontros dominicais em torno da churrasqueira, durando quase cinco anos.
Se faz mister dizer que o projeto de reforma realizado pela nossa amiga Clara Blancke, foi muito elogiado por todos aqueles que freqüentavam o nosso Vagão.
Embora a freqüência no clube na maioria das vezes fosse de amigos, familiares e convidados dos familiares, em algumas ocasiões o clube serviu para festas de “Despedida de Solteiro”, que terminavam numa verdadeira “gréia” geral.
Tal clube serviu como entretenimento durante muitos anos, só perdendo a movimentação festiva, à medida que os seus sócios foram se casando.

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